Esse jogo
de damas enviesado serpenteia as rodas os aros as pisadas. Peito- meio- ponta-
peito- meio- ponta- dor e do-in no pé. Ah, pé com pé, as melhores trepadas
começam pelas solas... faz assim faz, encosta me sente me fode me adentra de cócegas
gemendo em quem não quer par só de si próprio. Tato de se enfiar num outro espaço.
Num tanto tão miúdo passaria toda a ampulheta. De grão em grão tece a esteira
marrom. Nas vias não aéreas do concreto o Forte vira paisagem morta. Mole mole
fazer arranhão nas expectativas do desejo. Músculo tem lama de castelo
destronado nesse campo de burro quando foge brecado por panos de cores
vibrantes que ventam as íris. Mais vale encarar o azul acima. Queria mesmo
aqueles olhos verdes, aquela pressa certeira de quem precisa de água. Curvas
ensimesmadas nesse alto baixo de espumas fazendo caldo uterino. Esquece o reto dessa prancha! Olha o
mate! Mate leão! Chega de rugir! Escorpião quer água, não é siri que
anda de lado, é rodamoinho que renasce em veneno do próprio rabo. Sede que
nunca passa, calma que nunca chega. Biscoito Globo! Olha o Globo! Não, não me
venha com farelos, o universo tá no umbigo. Quando o acolá vira aqui a gente
inventa outro ali e cria picolés que entopem a boca de areia. Engasgou-se atrás
das Pelancas do agora. Solavancos de sal. Pitadas de mamilo. Podem matar. Matar
quem já morreu? Tá tudo duro na pélvis escondida nesse sobe e desce de líquido
danado. Seria fácil nós
rebolarmos juntos os círculos da cintura e da vida, tocando nas agruras do
passado remexido no futuro que tá presente. A única certeza dessa maré é a Lua. IMERGE, MERGULHA, INUNDA nesse óleo sem filtro. Por que pode cabeça dentro do mar e o
chuveiro não permite sal na cuca? Vira, vira, vira a rede. Pesca sem isca o
afogado que não é peixe, mas morre pela boca. Foi salvo pelo monstro sem asas.
Seria mais lindo ir embora do ar que se respira. Isso é pra quem gosta de
guimba. E pra gente que trata fumante feio leproso, mas respira fundo e afunda no
monóxido de carbono dessa calçada. Ar rarefeito de domingo desfeito. Delirium
tremens na escuridão, desdenho as grandezas na avidez pelos significados. Mamão é ferida de pele, cenoura é câncer
na alma. Copacabana tá sem cabana. Restam só as copas dum coração partido.
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